As cores RGB
A abreviatura RGB (Red, Green, Blue) representa o método de cores utilizadas em monitores e eletrônicos emissores de luz, fazendo referência aos tons vermelho, verde e azul para compor imagens coloridas nas telas.
Essa escala tem como base a Teoria Tricromática em que a luz é o elemento chave para a formação de cores através do sistema aditivo – capaz de gerar mais de 16 milhões de tonalidades diferentes ao serem divididas nos 255 níveis. Ou seja, cada ‘canal de cor’, possui 256 tons de cores:
Vermelho: R=0, G=0, B=255;
Verde: R=255, G=0, B=0;
Azul: R=0, G=255, B=0;
Branco: R= 255, G=255, B=255.
Misturando esses diferentes tons entre as 3 cores, podemos obter quase todas as cores perceptíveis pelo olho humano. Mas, essa escala de cores não serve para a indústria gráfica, nem para sua impressora e nem para qualquer tentativa de se obter cores impressas.
As cores CMYK
Já o padrão CMYK (Cyan, Magenta, Yellow, Black) emprega as cores Ciano, Magenta, Amarelo e Preto como cores primárias (pigmentos puros) e é utilizado para produção de materiais impressos. Sua proposta é reproduzir, de maneira mais fiel possível, a maioria das cores do espectro visível e é por isso que é o esquema oficial do universo gráfico.
No entanto, essa escala de cores, é muito mais limitada, podendo reproduzir somente 1 milhão de cores, contra os 16 milhões do RGB. Essa defasagem se dá pela diferença física usada nesses sistemas, onde um emite luz para gerar cores e o outro se utiliza de pigmentos para imprimir cores.
Ciano: C=100, M=0, Y=0, K=0
Magenta: C=0, M=100, Y=0, K=0
Amarelo: C=0, M=0, Y=100, K=0
Preto: C=0, M=0, Y=0, K=100
Resumindo, somente com 4 cores básicas, podemos obter 1 milhão de tonalidades.
Mas como isso é possível?
Isso se deve ao fato que o sistema de impressão funciona imprimindo minúsculos pontos dessas cores, de diferentes tamanhos, entrelaçando-os de uma forma imperceptível ao olho humano.
O tamanho desse ponto impresso pode começar em 1 (1% de cobertura do papel), até 100 (100% de cobertura do papel). Então, somando isso ao entrelaçamento dos diferentes tamanhos de pontos, de cada cor básica, é possível chegar a marca de 1 milhão de possibilidades de cores.
Retícula, é o nome dado a malha de pontos usados para a impressão.
A 'retícula' vista pela lupa de aumento.
Com 4 cores, podemos imprimir qualquer imagem.... graças ao processo de impressão por pontos!
Sendo assim, a importância de se escolher o sistema de cores é fundamental para um bom resultado, seja ele impresso ou digital.
Confecção de peças para mídias sociais, artes exibidas somente em monitores e celulares, até fotografias trabalham com cores RGB.
Mas se essas artes forem para uso impresso, sobre qualquer substrato (papel, plástico, vinil, etc…) é extremamente necessário substituir o sistema para CMYK.
Todos os softwares gráficos possuem esses sistemas e preveem que o usuário os configure mediante a finalidade esperada.
O uso incorreto pode frustrar expectativas, produzir custos desnecessários e atrasar as entregas… por isso, todo cuidado é bem vindo!
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